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São Domingos Garrafeira 2011

Tipo: Tinto
Região: Bairrada DOC
Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Merlot
Enologia: Susana Pinho
Viticultura: César Almeida
Acidez Total: 5,25 g/L
Teor Alcoólico: 14,0%

Na Bairrada, a designação “Garrafeira” num vinho está associada a vinhos míticos que perduram durante décadas nas nossas memórias. A razão prende-se com o facto de estar associada a vinhos cujas características organolépticas se aproximam dos deuses e, no caso do vinho tinto, terá que possuir um envelhecimento mínimo de 30 meses, dos quais pelo menos 12 meses em garrafa.
E, se ao longo das décadas, as castas que compõem estes vinhos têm variado, mostrando a versatilidade e a dinâmica da região, a qualidade, essa é insindicável e perdura no tempo.
As Caves São Domingos são conhecidas e reconhecidas pelos enormes espumantes com que nos têm brindado. No entanto, também nos brancos e tintos, esta histórica empresa da pequena aldeia de Ferreiros marca pontos e cria grandes vinhos, como é o caso deste Garrafeira.
Criado a partir das castas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Merlot de vinhas plantadas em solos arenoso-argilosos, a uva foi totalmente desengaçada e objecto de vinificação em separado. O vinho estagiou durante 9 meses em barricas de carvalho francês de segundo ano e, após engarrafamento, teve um longuíssimo estágio até ser agora lançado para o mercado. De cor vermelho escuro, exibe notórios aromas a especiarias (pimenta negra), amora madura, chocolate preto, suave percepção de doçura de alcaçuz, com a barrica a mostrar uma ténue presença, o que só demonstra o cuidado tido no estágio do vinho na madeira com conta, peso e medida. Na boca revela, 9 anos volvidos sobre a vindima, uma personalidade não domada, aconselhando a sua guarda, mas, para um bairradino, no mais perfeito estado para ser consumido no imediato. Com tanino já com algumas subtilezas, este tinto, mais do que exibir somente as características da uva, mostra, sobretudo, a genética da região onde nasce: a BAIRRADA esse terroir de proximidade Atlântica, temperaturas amenas e protegido pelas serras do Bussaco e Caramulo. E em que é se manifesta essa genética? Imensa frescura que atenua a percepção do teor alcoólico elevado, acidez vincada e uma capacidade de envelhecimento em elegância notável. Depois vem aquilo que resulta do trabalho de estreita ligação entre a vinha e a adega, fruta bem presente (bagas vermelhas), barrica bem integrada e pouco perceptível, uma estrutura notável, comprimento, volume de boca, persistência muito elevada… um vinho cheio de predicados a honrar os grandes Garrafeira e, perdoem-me os puristas, sem necessitar da Baga para ser, actualmente, um grande vinho, e a quem o factor tempo o tornará um vinho memorável para as Caves São Domingos.

A Lei do Vinho

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