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Cortinha Velha – Espumante no Berço do Alvarinho


A origem da Alvarinho de Monção e Melgaço perde-se no caminho da História por entre o vale do Minho, os seus afluentes, as encostas e montanhas. As referências escritas à casta, essas remontam aos finais do século XVIII. No entanto, a sua elevação a casta nobre, do Minho e de Portugal, surge apenas nos anos 40 do século passado, graças aos estudos de Amândio Galhano. Se, hoje, a Alvarinho é plantada por todo o país, é na sub-região de Monção e Melgaço que ela encontra as condições ideais para exprimir as suas melhores qualidades: boa acidez e teor alcoólico e produção elevada sem perda de qualidade. Aparte isso, tornou-se a uva mais bem paga ao viticultor, o que em muito contribui para a regularidade qualitativa de produção.

Se a tradição da Alvarinho nos vinhos e aguardentes será secular, a história do espumante de qualidade, elaborado pelo método clássico, surge mais recentemente. Salvo erro, o primeiro espumante surge em 1995. No entanto, tendo uma história ainda curta, o certo é que deu passos tão seguros que é dali que hoje nascem alguns dos mais belos espumantes portugueses.

Um desses bons exemplos é este Cortinha Velha, espumante 100% Alvarinho, elaborado pelo Método Clássico, com remuage manual e um estágio em garrafa entre 18 a 22 meses.

Absolutamente equilibrado, revela uma cor amarela alourada da ténue evolução, um aroma muito preciso, varietal, floral, jasmim, flor da laranjeira e fruto seco. Na boca explode em frescura, acidez bem vincada e sem percepção de doçura, o que o torna um espumante muito sério. Com uma bolha sedutoramente fina, preenche-nos com uma mousse envolvente e completa. Toda esta complementaridade faz-nos desejar que a Cortinha Velha, não só continue a produzir espumantes que honram a Região dos Vinhos Verdes, mas busque uma ainda maior exigência, permitindo-lhes estágios mais longos. Quando isso ocorrer, teremos aqui uma marca muito séria e a ter em conta na passadeira vermelha dos grandes de Portugal.
Com um carácter versátil, que o torna apto para acompanhar pratos de peixe, marisco e moluscos, é também uma óptima companhia para ser bebido a solo.
Tem um P.V.P. de, aproximadamente, 17,00 € em Garrafeira.

 

A Lei do Vinho

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