Tipo: Rosé
Região: Douro, Baixo Corgo
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Francisca e Touriga Franca
Enologia: Nuno Felgar/Pedro Coutinho
Teor Alcoólico: 13,6%
P.V.P.: 25,00 €
Num mundo comandado por algumas ditaduras de estilo, é bom saber que “há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”. Da vasta área da Provence, que se estende das margens do Rhône ao rio Var, veio a tendência que tem, nos últimos anos, marcado os Rosés nacionais numa cor de rosa subtil.
Ousando a diferença, a Quinta da Barca, ao invés de seguir a moda, preferiu ser ela própria criadora de uma “trend” muito pessoal, criando um Rosé distinto na cor que mais se assemelha a um ancestral “Clairet” bordalês, mas só na cor, já que em si encerra a profundidade, complexidade e um perfil que ambiciona posicionar-se no patamar dos mais sérios rosés do país. Criado a partir de um quarteto de castas típicas do Douro (Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Francisca e Touriga Franca, fermentou em barricas novas de 25 litros, tendo igualmente estagiado na madeira com “battonage” durante 6 meses, o que lhe conferiu toda a opulência que se sente no copo.
De um rosa intenso e límpido, abdica da maior frescura em prol da elegância e complexidade no nariz, com a fruta vermelha bem evidente (morango, cereja preta). Na boca apresenta uma acidez contida, mostrando um lado mais untuoso, tostado, com uma notória percepção alcoólica, sem perder a harmonia e elegância que já lhe vinham do nariz. A amplitude gastronómica é imensa, abarcando desde os mariscos mais especiados até à pratos mais suculentos de carne vermelha. A opção pessoal foi servi-lo com amêijoas de pesca em apneia na costa atlântica, confeccionadas em tributo ao insigne poeta Raimundo António de Bulhão Pato.
Não sendo um vinho que surja amiúde nos escaparates das publicações da especialidade, arrisco-me a colocar este Busto Rosé Premium 2018, no top 5 dos mais sérios e ambiciosos rosés de Portugal. Com a vantagem de que, não sendo um seguidista, optou por afirmar-se com um estilo muito próprio, e, por isso, mais apaixonante.