A 22ª. Edição dos “Melhores do Ano 2018” da Revista de Vinhos coincide com os 30 anos da publicação e destinou-se a premiar as empresas, personalidades e vinhos que mais se destacaram no ano passado no ramo dos Vinhos e Gastronomia.

Foi no belíssimo edifício da Alfândega do Porto que no primeira dia de Fevereiro foram recebidas cerca  900 pessoas para uma noite de glamour e brindes.

O início do evento coincidiu com a entrega dos Prémios de Excelência, onde foram destacados apenas  30 vinhos entre os mais de 3.500 provados ao longo do ano pela Revista de Vinhos.

Para as empresas e produtores  da Bairrada vieram 4 prémios, o que se mostra um feito muito relevante, se tivermos em conta que, entre DOC Bairrada e IG Beira Atlântico, a região representa apenas 2% da produção nacional.

OS PREMIADOS

A Célia Alves, gerente e verdadeiro motor das Caves São João, coube a primeira subida ao palco para receber a excelência pelo “98 Anos de História”, um branco na senda da tradição desta casa à beira de completar um século de vida, que produz vinhos na Bairrada e no Dão. Elaborado a partir das castas Encruzado (80%), Malvasia Fina (10%) e Cerceal (10%), repousou 6 meses em madeira muito avinhada, tornando-o um vinho marcante e com um selo identitário da região donde as Caves sempre trouxeram grandes vinhos.

Carlos Campolargo lançou há um par de meses um espumante que visa exprimir a tese de que a Trincadeira é, por si, a casta de excelência para os vinhos espumantes pelo método clássico. A ousadia e o experimentalismo foram apreciados pela Revista que o distinguiu entre os 30 melhores. Este “Campolargo Trincadeira 2014” foi elaborado numa edição limitadíssima, super premium, de 330 garrafas, com 44 meses de estágio após a segunda fermentação em garrafa.

O império IdealDrinks também subiu ao palco para receber o galardão por um branco finíssimo e cosmopolita. Falamos do “Principal Grande Reserva 2011”, oriundo das propriedades da Bairrada onde a empresa adquiriu em 2009 cerca de 80 hectares das Colinas de S. Lourenço, a que juntou a Quinta da Malandrona, com mais 14 hectares de vinha. O vinho é produzido tendo na base as internacionais Chardonnay e Sauvignon Blanc e pretende ser um vinho de cariz universal, centrado no enorme potencial da Bairrada para criar brancos de topo.

 

A SURPRESA “GIZ”

O rosto de Luís Gomes irradiava felicidade no momento em que subiu ao palco para receber o Prémio Excelência pelo seu “Giz, Vinha das Cavaleiras 2016”, tinto com a sua assinatura. É um dos mais recentes produtores da Bairrada e este galardão é já a confirmação da consistência dos seus vinhos que privilegiam a preservação e recuperação de vinhas centenárias e a melhor interpretação dos solos calcários, aliada à mínima intervenção enológica de forma a potenciar todas as qualidades da matéria prima.

O vinho premiado prima pela fineza, elegância, sobressaindo no nariz as bagas silvestres, violeta, balsâmicos e especiarias. Na boca é muito preciso, evidenciando taninos refinados, mas tensos, revelando o carácter da Baga.