Produtor: Casa de Saima
Região: Bairrada
Castas: Baga
Teor Alcoólico: 12,5%
Preço: 9,60 €, na Rota da Bairrada

Durante décadas a Bairrada viveu um estigma associado à dureza dos seus vinhos tintos, característica que os tornava menos apetecíveis ao consumidor comum. Fruto de uma viticultura mais científica e menos empírica, tudo mudou e para muito melhor. Conscientes que o volume desregrado destruía a região, surgiram na região novos produtores, novos enólogos e uma interpretação da enologia que, aliada a uma visão global do consumo do vinho, conseguiu criar novos perfis, sem com isso desvirtuar um milímetro as características da Bairrada. O vinho aqui em prova pode, sem reservas, ser a tradução de um caminho de sucesso na manutenção da Baga como casta de referência incontornável.

Quando foi aberto pela primeira vez, estaria eu ainda dominado pelo preconceito associado à juventude dos Baga – taninos vigorosos e até incomodativos.

Contudo, o engano foi total, pois estava perante um vinho com uma abordagem absolutamente moderna, que o torna um vinho do mundo e para o mundo, sem, no entanto, perder a magia das características que tão bem definem a Bairrada e a tornam, por isso, inconfundível.

De aspecto límpido, apresenta uma cor de média intensidade e aberta, com nuances vermelhas. No nariz possui as características tão próprias dos vinhos oriundos das vinhas da Casa de Saima, aromas vinosos, de resina, pinheiro e especiarias, numa prova de identidade segura. Na prova, sobressai a imensa frescura, os taninos levemente moldados e uma elegância pouco usual num tinto com gene da Bairrada tão jovem.

É um Baga de eleição e absolutamente imperdível.