O Douro, região vitivinícola demarcada em 1756, conquistou fama e fortuna com os vinhos do Porto, desde cedo considerado produto estratégico para a economia da região. Contudo, a regulação da produção de vinhos tranquilos chega mais de dois séculos depois, não demorando muito tempo a ver os vinhos DOC Douro, e sobretudo os tintos, a alcançarem prestígio internacional, não apenas pela sua qualidade, mas igualmente porque colocaram como tónica fundamental em toda a sua estratégia criar vinhos que fossem ao encontro do gosto do consumidor global. E, por isso, não temos dúvidas que essa é também uma das principais razões pelas quais o Douro deterá no âmbito da produção nacional a maior quota de vendas e exportação.
A história da família que comanda a Quinta dos Avidagos inicia-se quando ainda nem era sonhada a demarcação do Douro, datando a posse da primeira quinta no ano de 1670. De lá para cá, o património foi crescendo e, actualmente, compõe-se por 4 quintas com uma área total de 80 hectares. Nos tintos, domina o trio clássico da região: Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional, sendo esta que domina o QUINTA DOS AVIDAGOS GRANDE RESERVA 2016, juntamente com 25% de vinhas velhas. O resultado é um vinho opulento de cor púrpura, denso e impenetrável, de aromas intensos e quentes, com predominância da fruta negra amadurecida, a compota de amora, a doçura ácida do mirtilo, a subtileza balsâmica e o bouquet floral, sem deslizes ou desarmonia entre os diversos elementos perceptíveis ao olfacto. Na boca traz-nos o conforto quente da fruta madura macerada, o tanino bem moldado, acidez média, corpo vigoroso, elegância e um final a perder de vista. Vinho sem arestas, procura um consumidor exigente e apreciador de vinhos que proporcionem o puro prazer e não experiências alternativas. E, a verdade, é que o sucesso do Douro faz-se neste registo.
Pode ser encontrado nas melhores garrafeiras a um PVP aproximado de 47,50 €.