A Quinta do Regueiro, produtor de vinhos verdes da região de Melgaço, é o grande vencedor dos prémios “Melhores Verdes 2021”, anunciados na noite, de 29 de abril, na gala em formato digital promovida pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

A entrega de prémios, conduzida por Carla Cunha, diretora de marketing da CVRVV, e por José João Santos, diretor de conteúdos da Essência do Vinho, distinguiu os melhores vinhos verdes distribuídos por dez categorias, e a Quinta do Regueiro esteve em grande destaque com a conquista de três prémios: Verde Ouro, na categoria Vinho Verde Alvarinho, com o seu Quinta do Regueiro Reserva Alvarinho 2020, igualmente Verde Ouro na classe que distinguiu os vinhos de Colheita ≤ 2018, com o Quinta do Regueiro Reserva Alvarinho 2013, o mesmo vinho que levou o produtor do Minho a conquistar a Grande Medalha de Ouro nesta gala anual que premeia os melhores vinhos verdes do país.

“É com um enorme orgulho que recebemos estes prémios, que são para nós muito mais do que as próprias distinções, são o reconhecimento do trabalho que a Quinta do Regueiro tem vindo a desenvolver nos últimos anos e, num ano tão difícil como o que todos passámos – e ainda estamos a passar –, a distinção da CVRVV é para a Quinta do Regueiro uma força, uma motivação para continuar a fazer mais e melhor, e mostrar ao mundo o que de melhor se faz na região, o potencial que os vinhos verdes têm para serem grandes no mundo do vinho.”  afirma o produtor Paulo Cerdeira Rodrigues.

A atribuição dos prémios “Melhores Verdes 2021” resulta das escolhas de um júri especializado – composto por representantes da Câmara de Provadores da CVRVV e de outras Câmaras de Provadores nacionais, bem como representantes de institutos de investigação e ensino, da Direção Regional de Agricultura e da comunicação social – que prova todos os vinhos a concurso, e elege os melhores do ano de acordo com rigorosos critérios de seleção.

Distinções de referência fazem já parte de um percurso de evolução e consistência da Quinta do Regueiro. Em 2019, para assinalar os 20 anos, a Quinta do Regueiro lançou o Jurássico, um vinho com 10 anos de estágio em inox e dois anos em garrafa, que nasceu quase por acidente na adega – depois de estar guardado numa cuba e lá ir ficando porque não se vendia -, e acabou por fazer furor e ser premiado como o Melhor Vinho Branco Nacional 2019, pela Revista de Vinhos. Do mesmo ano, o Quinta do Regueiro Barricas, que como o próprio nome indica faz a sua fermentação em Barricas, veio também a ser distinguido com o mesmo título – Melhor Vinho Branco Nacional 2019 – desta vez pela revista Vinho Grandes Escolhas. Em 2020, o ano começou em grande para a Quinta do Regueiro, que a par destes prémios ganhou a distinção de Produtor do Ano 2019, pelo mesmo título da especialidade. E 2021 volta a ser um grande ano para a Quinta do Regueiro, com a conquista destes três prémios no concurso “Melhores Verdes 2021”.

É num dos pontos mais a norte de Portugal, no Minho, no coração da terra dos vinhos verdes, que começa em 1988 a história do produtor de vinho Quinta do Regueiro, mais precisamente na localidade de Coto, em Melgaço. Este foi o ano em que foram plantados os primeiros 0,3ha de vinha 100% Alvarinho. Os 10 anos que se seguiram foram tempos de aprendizagem, crescimento e muita dedição na plantação de uma área de 3ha de vinha da casta Alvarinho. Durante este período foram feitas algumas colheitas para consumo próprio, que cedo começaram a surpreender e a mostrar o seu carácter único.

Foi um processo lento, que possibilitou observar as especificidades da vinha, dando tempo ao tempo, e tornando o projeto sustentável. E é assim que lentamente chegamos a 1999, à beira da viragem do século, ano em que é registada a marca Quinta do Regueiro, e lançada no mercado a primeira colheita. Este importante passo foi dado pelo filho dos proprietários, Paulo Cerdeira Rodrigues, que aos 23 anos vê realizado o seu sonho de ser produtor de vinhos, sonho esse alimentado pela paixão pelo vinho e dedicação à vinha.

Mais tarde, em 2007, é criada a empresa Quinta do Regueiro – produtor de Alvarinho Lda, uma sociedade de Paulo com a sua irmã, Anabela Cerdeira Rodrigues, que hoje reúne um conjunto de pequenas parcelas em socalco, ocupando uma área de 12ha de vinha (6ha de vinha própria e 6ha de vinha arrendada), de onde resultam anualmente cerca de 170.000 garrafas – Quinta do Regueiro, Secreto e Foral de Melgaço – com destino ao mercado nacional e externo (cerca de 35% da produção). Internamente Madeira e Lisboa são os mercados mais fortes. Além-fronteiras são os EUA, a Alemanha, a Inglaterra, a França, a Bélgica, o Luxemburgo, a Holanda, a Suíça, a Dinamarca, a Finlândia e o Brasil os países compradores, apesar de já haver também uma pequena presença da Suécia.

Quando falamos em Quinta do Regueiro falamos de um projeto familiar em que a proximidade da natureza, com a frescura e equilíbrio do vizinho Rio Minho, a autenticidade da sabedoria das gerações mais velhas e a dedicação diária a uma paixão antiga, se aliam à inovação e à qualidade, numa diferenciação que tem sido a sua fórmula de sucesso.